quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Lutadores do UFC criam entidade independente para cuidar de direitos dos atletas de MMA






Carlos Augusto






Os lutadores do UFC Georges St. Pierre, Cain Velasquez, Tim Kennedy, Donald Cerrone e TJ Dillashaw anunciaram a criação de uma associação para cuidar dos direitos dos atletas de MMA, nessa quarta-feira. Nomeada de Mixed Martial Arts Athletes Association (MMAAA), a entidade que será liderada apenas por lutadores também conta com a presença do ex-presidente do Bellator, Bjorn Rebney, como consultor.

Tim Kennedy explicou a intenção da associação e criticou o tratamento dado pelas organizações, principalmente o Ultimate, aos lutadores. “Vamos mudar a forma como a indústria e o esporte são encarados hoje. Eu esperava que os lucros recordes que o MMA conseguiu fossem divididos com os lutadores, e que eles não seriam deixados para trás. A única coisa que os  lutadores podem ter certeza é que terão que lidar com as lesões. Estou orgulhoso por anunciar o lançamento oficial da Mixed Martial Arts Athletes Association”, destacou.
Ex-presidente do Bellator será consultor da entidade criada por GSP, Cerrone, TJ, Kennedy e Cain

Ex-campeão dos meio-médios e um dos maiores lutadores da história do UFC, Georges St. Pierre, que ainda está afastado do octógono, pediu união dos lutadores, apontou a discrepância no repasse de lucros aos atletas e cobrou uma divisão igualitária.

“Eu sou um dos raros lutadores que saiu saudável e rico. Não posso dizer o mesmo da maioria desses caras. Nem mesmo Conor McGregor recebe uma divisão justa. Lutadores têm sido ameaçados ou intimidados. Há pessoas que se aproximaram de mim pela mesma situação. Está é uma equipe sólida. É hora de sermos ouvidos e fazer as mudanças acontecerem. Na maioria dos esportes, a divisão entre promotores e atletas é de 50/50. Mas, para nós, é cerca de 8%”, criticou o canadense.

Bjorn Rebney fez coro ao discurso de GSP e exemplificou ainda mais a desigualdade no repasse, especialmente no UFC, principal organização de MMA do mundo. “Os números confirmam a forma ultrajante e unilateral com a qual o UFC trata os atletas. O MMA é um esporte perigoso, e as conseqüências de ser um artista marcial, a curto ou longo prazo, são assustadoras. Apenas pura decência humana diz que os lutadores devem ser pagos de forma justa e cuidados a longo prazo. No ano mais bem sucedido que já tive no Bellator, eu paguei 53% da receita aos lutadores. Vamos conseguir um acordo com o UFC”,declarou.

Já o ex-campeão do peso pesado, Cain Velasquez, que tem revanche agendada contra Fabricio Werdum, no dia 30 de dezembro, reclamou da falta de auxílio para os lutadores lesionados e o abandono para os aposentados. “Eu passei por sete cirurgias desde 2008. E já tenho outra cirurgia marcada  para depois da próxima luta. Não existe plano de saúde pós-aposentadoria. O fato de estarmos unidos agora é para melhorar as nossas vidas no futuro”, comentou. 

Fonte:www.mg.superesportes.com.br

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