quinta-feira, 18 de agosto de 2016

No Vôlei de Praia Feminino - Ágatha e Bárbara não resistem à força da Alemanha e ficam com prata no Rio






Carlos Augusto






A força da Alemanha falou mais alto, e o Brasil ficou
com a prata olímpica (Foto: Adrees Latif/REUTERS)
Se as previsões antes da Olimpíada colocavam Larissa e Talita, do Brasil, e Walsh e Ross, dos Estados Unidos, como as principais candidatas ao ouro olímpico, elas certamente não levaram em consideração a força da dupla alemã formada por Laura Ludwig e Kira Walkenhorst. As vibrantes Ágatha e Bárbara Seixas que, na semifinal, bateram a tricampeã olímpica dos EUA e sua parceira medalhista de prata em Londres 2012 em um jogaço, sentiram na pele a fúria das europeias nesta quarta-feira, nas areias de Copacabana, na final das disputas do vôlei de praia. Elas pararam no paredão de Kira e na técnica impecável de Laura, que venceram por 2 a 0, parciais de 21/18 e 21/14, asseguraram o ouro e deixaram o Brasil com a medalha de prata. A parceria que foi campeã ampliou seu retrospecto positivo contra a dupla da casa para 5 a 1.

Ágatha tenta bloquear Laura em Copacabana
(Foto: Adrees Latif/REUTERS)
O vôlei de praia entrou no programa olímpico em Atlanta, nos Estados Unidos e, logo na primeira edição, o Brasil se tornou potência quando Jackie Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro ao bater na final Mônica Rodrigues e Adriana Samuel, que levaram a prata, no dia 27 de julho de 1996. Foi a primeira e única medalha dourada das mulheres na história do país na Olimpíada. Um momento histórico não só para o vôlei de praia, mas para o esporte feminino brasileiro. Desde então, nesse naipe, as brasileiras sempre foram bem, mas bateram na trave, assim como o que acabou acontecendo no Rio de Janeiro, em 2016. 

Ágatha abraça Bárbara no pódio do vôlei de praia feminino
(Foto: Tony Gentile/REUTERS)
Em Sydney 2000, Adriana Behar/Shelda perdeu de Nathalie Cook/Kerri Pottharst, donas da casa. De Atenas 2004 a Londres 2012, houve a era Walsh/May. Foram três ouros para os Estados Unidos em sequência. Walsh não sabia o que era perder na Olimpíada até os Jogos do Rio. Das terras brasileiras, sai com o bronze ao lado de Ross ao bater Larissa/Talita na disputa de terceiro lugar. Resta ao Brasil torcer por Alison e Bruno Schmidt, que fazem a final masculina nesta quinta-feira, às 23h59, contra Nicolai e Lupo, da Itália.

Quanto às estatísticas, Laura marcou 12 pontos, sendo dois aces e 10 ataques, mas fez ainda sete defesas. Kira, por sua vez, brilhou no bloqueio. Ela marcou 21 vezes, sendo sete nesse fundamento, um no serviço e 13 em ataques. As brasileiras cederam nove pontos em erros. Ágatha marcou 13 pontos, sendo um de bloqueio, e fez cinco defesas. Babi terminou o duelo com 26, e um deles foi no bloqueio. A Alemanha falhou poucas vezes, apenas seis.

Fonte:Globo

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